segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Dezenas de brasileiros tiveram seus carros presos em Cobija neste sábado

Além dos problemas enfrentados na Bolívia, brasileiros têm que esperar por até três horas no Posto Fiscal da Receita Federal para declarar a mercadoria comprada no comércio de Cobija.
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Dezenas de veículos tiveram suas rodas travadas por um equipamento utilizado pela ,polícia boliviana/Fotos: Agência ContilNet
Muitos brasileiros que foram à cidade de Cobija (Bolívia) fazer compras neste final de semana tiveram que enfrentar, além da humilhação, muitas dificuldades para poder comprar e legalizar a mercadoria.
Do lado boliviano, os policiais que guarnecem o Departamento de Pando, armados de fuzis, prenderam dezenas de veículos brasileiros alegando que os mesmos estacionaram em locais proibidos.

Só que na maioria das ruas onde os carros estavam estacionados não havia nenhuma placa com sinal de trânsito, indicando a utilização da vias públicas. Mesmo assim, a polícia travou os veículos com um equipamento quer fica preso à roda e que impede os mesmos de saírem do lugar.

“Eu sempre estacionei neste local, nunca tive problemas. Agora, eles mudam tudo e não falam nada. Não colocaram uma placa de sinalização e travam nossos carros como se os brasileiros fossem bandidos”, disse indignado o funcionário público José Reis, 57, que foi a Cobija comprar presentes para a família.
Centenas de pessoas tiveram que esperar muito pelo atendimento no posto fiscal da Redeira Federal localizado na fronteira Brasil/Bolívia/Fotos: Agência ContilNet
Centenas de pessoas tiveram que esperar muito pelo atendimento no posto fiscal da Redeira Federal localizado na fronteira Brasil/Bolívia/Fotos: Agência ContilNet
A Van boliviana estacina na faixa de pedestre de uma movimentada esquina do centro da cidade de Cobija
A Van boliviana estacina na faixa de pedestre de uma movimentada esquina do centro da cidade de Cobija
Equipamento boliviano trava rodas dos veículos
Equipamento boliviano trava rodas dos veículos
Depois de tantas complicações na Bolívia, onde muitas pessoas tiveram que pagar até cerca de R$ 200,00 para conseguir a liberação de seus veículos, e outras não conseguirem nem estacionar para fazer suas comprar, os brasileiros enfrentaram uma fila quilométrica no Posto Fiscal da Receita Federal, onde havia apenas três funcionários para autorizar o cadastro da Declaração de Bagagem.
O chefe do posto, Fábio Severo, explicou que nessa época do ano aumenta o número de pessoas que fazem compras na Bolívia. “O movimento só é grande nos finais de semana e final de ano”, disse Fábio, adiantando que as postas da instituição iria se fechar às 17h, e a partir daí somente quem estivesse dentro do prédio seria atendido.
Brasileiro procurou a polícia boliviana para reclamar de abuso
Brasileiro procurou a polícia boliviana para reclamar de abuso
A estudante Etiene Duarte teve que sentar no chão para aliviar o cansaço
A estudante Etiene Duarte teve que sentar no chão para aliviar o cansaço
Ednéia da Penha: “O que nos revolta é a falta de respeito”
Ednéia da Penha: “O que nos revolta é a falta de respeito”

Reclamações
As centenas de pessoas que passaram pelo posto da Receita Federal instalado na fronteira entre o Brasil e a Bolívia no último sábado viveram momentos difíceis. Muitos enfrentaram a sede e o cansaço e tiveram que esperar até por duas horas para declarar os objetos adquiridos na Bolívia.

A estudante Etiene Cristiane Duarte, 22, disse que estava esperando há quase duas horas. Enquanto ela descansava sentada no chão, do lado de fora do posto, sua mãe tomava seu lugar na grande fila que se estendia por cerca de trezentos metros.

Mesmo prevendo o que poderia passar naquele dia, a funcionária pública Ednéia da Penha, 44, se arriscou, juntou com uma turma de amigos e foi à Bolívia fazer compras. “Já sabemos como é o tratamento na Bolívia. Isso não é novidade. O que nos revolta é a falta de respeito aqui no nosso País, onde temos que enfrentar três horas na fila para carimbar um documento”, protesta.

Na mesma situação ficou o professor Adauto Chaves da Rocha, 53 que passou muitas horas na fila para poder legalizar as compras que fez na cidade de Cobija. “Minha preocupação é saber se mesmo ficando aqui por todo esse tempo vou conseguir chegar dentro do prédio antes das cinco”, disse ansioso. ’
Fora o chefe do posto, apenas dois funcionários estavam atendendo no último sábado
Fora o chefe do posto, apenas dois funcionários estavam atendendo no último sábado
Pessoas preenchem formulário em qualquer lugar
Pessoas preenchem formulário em qualquer lugar

Dança das cadeiras
Depois de todo sacrifício para chegar a uma sala onde foram instaladas cerca de 30 cadeiras, os brasileiros têm que ir trocando de lugar até chegarem na primeira fila. Um rapaz bem treinado para dar ordens, vai autorizando: ‘entra agora três pessoas’. Do outro lado do vidro, olhares ansiosos esperam a sua vez.
Os taxis bolivianos chegam a todo instante, no Posto Filscal da  Receira Federal, lotados de brasileiros
Os taxis bolivianos chegam a todo instante, no Posto Filscal da Receira Federal, lotados de brasileiros
A turma de amigos teve que comprar água para enfrentar a longa espera
A turma de amigos teve que comprar água para enfrentar a longa espera

Sede e cansaço
Além de ter que esperar horas em pé, enfrentando sol e chuva em uma fila quilométrica, as pessoas também enfrentam a sede. No posto da Receita Federal não existe uma gota de água potável para servir a quem passa pelo local.

A proprietária de um pequeno comércio que pediu sigilo à identidade, disse que vende bastante água nos finais de semana para as pessoas que passam pelo posto fiscal. “Toda semana compro bastante água porque sei que vendo tudo. Nessa época as vendas aumentam ainda mais”, conta.
Formulário correto
Enquanto as pessoas estão na fila, uma mulher jovem faz as devidas recomendações. “Preencham tudo direitinho, senão vão ter que voltar para o fim da fila”.
O taxista passou bastante tempo para guardar objeto comprado pela equipe da ContilNet, mesmo assim não foi incomodado pela pol[icia boliviana
O taxista passou bastante tempo para guardar objeto comprado pela equipe da ContilNet, mesmo assim não foi incomodado pela polícia boliviana
O taxista boliviano carrega o objeto tranquilo para levar ao seu carro estacionado de forma irregular
O taxista boliviano carrega o objeto tranquilo para levar ao seu carro estacionado de forma irregular
Mesmo estando estacionado após a faixa, no meio da rua, polícia não multa boliviano
Mesmo estando estacionado após a faixa, no meio da rua, polícia não multa boliviano

Bolivianos só multam brasileiros
A reportagem da Agência ContilNet, que acompanhou a agonia das pessoas que tiveram seus veículos apreendidos neste final de semana na Bolívia, sob a alegação de estacionarem em locais proibidos, decidiu fazer um teste com os policiais que rastejavam como cães, o rastro dos veículos brasileiros.

O repórter foi a uma loja e comprou um objeto de tamanho médio, depois chamou um taxista – boliviano - que estava mal estacionado em uma das ruas mais movimentadas da cidade. A ele foi perguntado se poderia deixar o veículo no lugar onde estava para pegar a mercadoria.  A resposta positiva foi imediata, mesmo estando próximo a um policial.

O taxista, então foi até a loja, pegou o pacote e pacientemente colocou dentro do seu carro. O repórter pediu que ele parasse em outra loja, onde pegaria mais um objeto. Ele parou em local proibido, sob o olhar de outro policial, atravessou a rua, pegou o pacote e saiu sem ser importunado.

Outro fato que chamou atenção foi o condutor de uma Van, que parou em cima de uma faixa, em uma das esquinas mais movimentadas da cidade para pegar passageiros. A polícia, como sempre, estava lá, mas não usou nem aquele apito irritante para impedir que a Van ficasse por quase cinco minutos atrapalhando a passagem de pedestres e de outros veículos.
A fila quilométrica irritou os brasileiros no posto fiscal da Receita Federal
A fila quilométrica irritou os brasileiros no posto fiscal da Receita Federal
Políciais bolivianos atentos a qualquer deslize dos brasileiros
Políciais bolivianos atentos a qualquer deslize dos brasileiros
Mesmo com toda a humilhação, brasileiros lotam lojas de Cobija para comprar mais barato
Mesmo com toda a humilhação, brasileiros lotam lojas de Cobija para comprar mais barato

Tenho medo de brasileiros, diz criança boliviana
 
A Agência ContilNet perguntou a uma criança boliviana de aproximadamente três anos de idade se ela gostava dos brasileiros. “Brasil es un ladrón, tengo miedo de ellos, no pagan,” disse o menino com uma cara nada amigável.
As lojas de Cobija são muito frequentadas pelos brasileiros que moram no Acre e em outros lugares do País
As lojas de Cobija são muito frequentadas pelos brasileiros que moram no Acre e em outros lugares do País
Taxista boliviana estaciona em qualquer lugar e não é multado

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Em 2015, 10% dos seus amigos nas redes sociais não serão humanos

Previsão aponta para futuro onde empresas usarão robôs para interagir com usuários de redes sociais
Robôs-sociais são a próxima arma do marketing
Robôs-sociais são a próxima arma do marketing


A empresa de pesquisas Gartner, baseada em Connecticut – EUA, apresentou algumas de suas previsões para a área de tecnologia nos próximos anos. Entre elas uma afirmação inusitada aponta que até o ano 2015 cerca de 10% dos seus amigos em redes sociais não serão humanos.

Isso, claro, não quer dizer que 10% dos seus amigos irão se tornar zumbis ou ciborgues. A previsão é embasada no advento do que a Gartner chama de robôs-sociais (social bots) – ou ferramentas automáticas usadas por corporações para promover suas marcas.

As estratégias para mídias sociais usadas pelas empresas atualmente envolvem “o estabelecimento da presença, ouvir conversas, articular mensagens e por fim interação completa”, diz o relatório. Muitas corporações já tem presença estabelecida nas redes como o Facebook ou Twitter chegando inclusive ao ponto de projetar mensagens.

O próximo passo lógico, então, seria sistematizar e automatizar os relacionamentos, o que irá resultar no surgimento dos robôs-sociais: “agentes que poderão lidar – em diferentes níveis – com a interação com comunidades ou usuários de maneira personalizada para cada indivíduo”.

E onde isso pode chegar?

O site AllFacebook dá conta de que cada usuário da rede social tem, em média, 100 amigos hoje em dia.

Especula que em um futuro próximo, cada usuário terá cerca de 500 amigos. Se 10% deles forem robôs, teremos cerca de 50 amigos-robôs por usuário e isso pode ser perigoso.

O AllFacebook alerta que atualmente um em cada cinco usuários da rede tem tido problemas com software malicioso. Em um futuro onde robôs-sociais se tornarão comuns, o cuidado com seus dados tem que ser redobrado. Fique de olho!
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Redes sociais ganham opções 'à la carte'

EFE
Por Karina Gómez Pernas
Da EFE
A alta popularidade das grandes plataformas sociais, como Facebook, MySpace e Twitter, abriu caminho para a criação de comunidades menores e específicas, que já começam a se projetar como verdadeiros agentes transformadores não só para o setor publicitário online, mas também para a busca de emprego e networking.
Com uma audiência total de quase 1,3 bilhões de internautas no mundo todo (equivalente à população da China), 978 milhões deles usam redes sociais, conforme um estudo conduzido em setembro de 2010, pela empresa de pesquisa de marketing ComScore.
"As pessoas sempre mantiveram interesses específicos como gosto musical e esportes e não surpreende que as redes sociais segmentadas tenham crescido sem cessar. De fato, a tendência já começou há um tempo", explicou à Agência Efe Andrew Stephen, especialista de Marketing Digital na Escola de Negócios Insead, com sedes na França, Cingapura e Abu Dhabi.
O crescimento repentino dos sites foi fruto da popularização das grandes redes sociais, especialmente do Facebook (com 620 milhões de usuários em 2010, segundo dados da ComScore).
Para os internautas já é habitual usar mídias sociais online como canais de comunicação, o que contribui para o sucesso das redes sociais segmentadas por temas como hobbies, clubes e afinidades.
A tendência das comunidades temáticas veio para ficar e cresce em paralelo com as grandes redes sociais. À medida que mais gente dedica diariamente uma boa parte do tempo aos sites populares, melhor será para o futuro das pequenas redes sociais.